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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Obras-legado da Copa são padrão Brasil e não padrão FIFA, esclarece Dilma.


Chega a ser cansativo para ela, imagina-se, porque às vezes é também para os brasileiros, mas foi bom a presidenta Dilma Rousseff voltar a esclarecer, em discurso, que as obras tocadas em todo o país, e com maior intensidade nas 12 capitais-sede de jogos da Copa do Mundo não são para a Copa, e sim para o Brasil. Ela – e nós – temos que repetir isto quase diariamente, porque nossa mídia insiste em só ver aspectos negativos da realização da Copa aqui.

Oposição e mídia cunharam esse chavão de “padrão Fifa” de obras o que lhes foi ótimo para ficar nessa cobrança insensata até 16 dias antes do início da Copa no Brasil, como se estes empreendimentos se destinassem exclusivamente ao certamente, quando a infraestrutura está sendo preparada, não só para o Mundial, mas para ficar como legado, para melhorar a a mobilidade urbana e tudo o mais relativo à logística nestas 12 que estão entre as maiores capitais brasileiras.

“Os aeroportos não têm padrão Fifa”, observou a presidenta da república. “Vocês vão me desculpar, têm padrão Brasil. Não estamos fazendo aeroporto só para a Copa, só para a Fifa. Estamos fazendo para os brasileiros. Hoje saiu uma reportagem matéria interessantíssima sobre o padrão Fifa, do Mario Magalhães (no UOL), dizendo: “livrai- nos do padrão FIFA, que cobra de maneira bastante significativa pelos ingressos, não permite que sejam democratizados”. E ele faz um elenco de críticas à FIFA. “Eu acredito que o padrão FIFA é uma forma incorreta do Brasil tratar certas questões”, assinalou a chefe do governo.

A “mania” de fazer avaliação crítica da Copa

A presidenta lamentou que haja no país, da parte de alguns, “mania” de fazer avaliação crítica da Copa e pediu que os brasileiros recebam bem os visitantes. Por isso, ela confessou ter ficado “muito feliz” ao ler reportagem, também na Folha, na semana passada, segundo a qual segundo a qual os gastos da Copa são equivalentes a apenas um mês do gasto federal com educação. “Há uma mania no Brasil de olhar para a Copa e fazer avaliação crítica”, assinalou.

Muito bom que a presidenta tenha lido essas reportagens. E ela pode ficar mais feliz, ainda, se sua assessoria levar-lhe e ela ler, também, material publicado pelo mesmo jornal 2ª feira pp, no qual está demonstrado que as três últimas Copas do Mundo, a exemplo desta que se realizará no Brasil a partir do mês que vem, foram cercadas de ceticismo nas semanas que antecederam seu início – na África do Sul, na Alemanha e na Coreia do Sul/Japão.

Mas que, ao final, deu tudo certo, em uma ou outra não foram atingidos os objetivos políticos que a Copa se propunha – ou a ela foram atribuídos, caso da Reaproximação das duas Coreias, a do Norte e a do Sul – mas a exceção disso, tudo se realizou a contento. Será assim, também, com o Brasil neste Mundial que se inicia dia 12 próximo, com o jogo Brasil-Croácia no Itaquerão, o estádio do Corínthians na Zona Leste paulistana.

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