Acessos

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Empresas terão R$ 850 mi para reforçar geração e distribuição de energia em estados-sede da Copa

Geração eólica no porto de Fortaleza
Recursos serão do BNDES

Empresas estaduais de energia elétrica, sediadas nos estados onde haverá jogos da Copa do Mundo de 2014, tiveram o limite para operações de crédito ampliado em R$ 500 milhões, por decisão tomada na quinta-feira (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com a resolução publicada no Diário Oficial da União do dia 26, o volume total de recursos passou de R$ 350 milhões para R$ 850 milhões, oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O recurso é destinado a obras de investimento em geração, transmissão e distribuição de energia. De acordo com o assessor do Secretário do Tesouro Nacional, Bruno Leal, a medida está ligada à identificação, pelo GT da Copa e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da necessidade de novos investimentos que possam garantir energia elétrica durante o evento.

Fundos - Em outra decisão, o CMN reduziu para 2,94% ao ano os encargos financeiros em operações de investimento realizadas com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Essa taxa valerá para as operações contratadas entre 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012. Qualquer empresa ou produtor rural pode ter acesso a essa linha de crédito, desde que seja destinada a operações de investimentos em área rural e urbana. “Antes, esses fundos faziam uma diferenciação de encargos, não era uma alíquota única; variava de 4% a 10%. Agora, as operações vinculadas a investimento terão encargos de 2,94%”, explicou Bruno Leal.

Segundo ele, com o processo de redução da taxa de juros, houve a necessidade de se alterar as taxas e os encargos desses fundos regionais de promoção do desenvolvimento regional. Essa taxa temporária poderá ser reduzida ainda mais com o bônus de adimplência de 15%. Assim, àqueles tomadores que estiverem com o pagamento em dia, o encargo pode chegar a 2,5%.

Produtores rurais do Norte e Nordeste poderão negociar dívidas

O CMN também instituiu linha de crédito rural para negociação de dívidas dos produtores rurais das regiões Norte e Nordeste, afetados por enchentes ou seca, que não tenham sido renegociadas anteriormente. O recurso para essa nova linha virá dos fundos constitucionais de ambas as regiões.

As renegociações estão limitadas a R$ 200 mil por beneficiário, sendo que os encargos vão variar de 5% a 8,5% ao ano. “Para ter acesso, as pessoas têm que oferecer as garantias necessárias; fazer as amortizações mínimas de 2% quando a operação for de até R$ 35 mil, e de 5% nos demais casos”, diz o secretário-adjunto de Política Agrícola, João Rabelo.

Podem ser renegociadas as dívidas de custeio e investimento contratadas até o dia 30 de julho de 2006, no valor de até R$ 100 mil. “O foco principal são aquelas operações que tinham taxa de juro variável. O objetivo é trazer uma parcela significativa da população que sofreu com a seca e com as enchentes para a adimplência e, assim, passar a ter acesso ao crédito”, ressaltou Rabelo. O prazo de reembolso é de dez anos e a formalização deve ser feita até 31 de dezembro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário