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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

José Ricardo diz que Governo insiste no monotrilho sem discutir com Prefeitura e sem planejamento urbano


Ao participar do Seminário “Mobilidade urbana, monotrilho como alternativa ao transporte de massa”, promovido na tarde de ontem (22) pelo Governo do Estado, no auditório da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o deputado José Ricardo Wendling (PT) concluiu que o monotrilho parece não ser a solução mais viável para melhorar a vida da população da cidade e que o Governo vai fazer um grande investimento sem saber quem será o responsável por gerir essa modalidade de transporte. 

“Fazer esse debate sem a participação da Prefeitura e sem o planejamento de mobilidade urbana é falar ao vento e querer vender um produto, afirmando que ele é bom, apenas citando como exemplo cidades com alto poder aquisitivo, o que não dá para comparar com Manaus”, declarou ele, ressaltando que a maioria dos palestrantes presentes no seminário organizado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) era de representantes de empresas.

De acordo com o deputado, o Estado quer convencer a todos que o monotrilho é viável em Manaus, mesmo que tenha que subsidiar parte da passagem, como ocorre em outros países, ficando para a população o restante dessa tarifa (valor ainda indefinido, mas indicando que será mais cara do que o do transporte convencional). Ele enfatizou que um dos palestrantes, que veio da cidade de São Paulo, foi muito bem orientado para dizer que o monotrilho é a melhor alternativa para a região. “Mas o que ele não esclareceu é por que em São Paulo não escolheram o monotrilho como a principal modalidade de transporte? Lá tem corredor exclusivo e metrô. E as outras sedes da Copa, por que não estão com esse projeto?”.

José Ricardo afirmou que o Governo está tentando implantar uma modalidade de transporte fora da realidade de Manaus, fazendo um pequeno trajeto da Zona Norte até o Centro. “Todos que discursaram, inclusive, disseram que o BRT não é a solução. Então, será que a solução é implementar um projeto que atende pequena parcela da cidade, como é o caso do monotrilho, que por baixo já custa R$ 1,3 bilhão, deixando de priorizar as outras modalidades de transporte? Lamento que o governador esteja embarcando nessa “canoa, que parece ser furadíssima!”.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

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