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sábado, 31 de março de 2012

Alimentos orgânicos estão mais presentes na mesa do brasileiro

Os alimentos orgânicos cada vez mais presentes nas prateleiras dos supermercados e na mesa dos brasileiros. A crescente preocupação com a saúde alimentar tem feito com que produtos livres de aditivos químicos sejam boas pedidas na hora de montar o prato. A nutricionista Meg Schwarcz, há nove anos no Hospital Universitário de Brasília (HUB), afirma que esse tipo de alimento contribui para manter uma boa saúde. “Eles livram as pessoas da ingestão de substâncias químicas como pesticidas, que em grande quantidade podem causar gastrite, úlcera e até câncer”, explica.

Segundo o consultor da Temática de Orgânicos e Mercados Diferenciados da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Alberto Wanderley, nos últimos três anos, o ministério investiu mais de R$ 39 milhões para impulsionar a produção de cerca de 87,4 mil agricultores familiares envolvidos com agricultura orgânica e agroecológica no Brasil.

O alimento orgânico tem conquistado mercado por ser produzido de forma natural, sem o uso de pesticidas, herbicidas e adubos sintéticos e por conter maior quantidade de vitaminas e sais minerais. Segundo a nutricionista Meg, além de vegetais, os produtos animais (como carnes e ovos) também podem ser considerados orgânicos se produzidos sem aditivos de hormônios e fertilizantes.

Nas prateleiras da Rede Pão de Açúcar, em Brasília, os orgânicos estão presentes em grande quantidade. Segundo o consumidor de produtos orgânicos Paulo Castelo Branco, esse tipo de alimento está na mesa de sua casa há muito tempo. “Minha família inteira consome orgânicos. Nós nos preocupamos com nossa saúde e sabemos que esses alimentos livres de produtos químicos são melhores”, conta. A consumidora Dalva Siade também apóia o consumo de orgânicos, “eles são mais saborosos e saudáveis”, ressalta.

De acordo com a nutricionista, a única desvantagem do alimento orgânico é o preço. “São muito mais caros do que os convencionais, mas prefiro gastar mais e comer algo benéfico, que vai me ajudar a manter uma boa saúde”, afirma a consumidora Neire Paulino. Ela conta que sente falta de mais opções e que os supermercados deveriam aumentar a variedade desse tipo de produtos. “Sinto falta de alguns produtos, como a cenoura, que começou a ser vendida agora, brócolis e as frutas, que quase não encontro”, relata.

Dentre os programas de incentivo específicos para a agricultura familiar orgânica ou agroecológica do MDA destacam-se o Pronaf Agroecologia e o Pronaf Sustentável. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também está entre as ações do ministério voltadas ao incentivo à produção de alimentos orgânicos.

Por meio do PAA, o MDA oferece vantagens aos agricultores familiares que usam o sistema de produção agroecológica ou orgânica. O preço pago pelo produto orgânico é 30% maior do que o valor pago aos produtos convencionais.

A Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares, Extrativistas, Pescadores e Vazanteiros (Coopcerrado) é um exemplo do aumento considerável da produção de alimentos orgânicos. A Coopcerrado existe há 12 anos e trabalha com vários produtos orgânicos do cerrado como o baru, um tipo de castanha, e a pava dantas, uma planta medicinal. Em 2011 sua produção foi de 300 toneladas de frutos que vão para a alimentação escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A cooperativa fornece desde os chamados cookies, granola, 100 sabores de barras de cereais, até melancia, milho verde e abóbora.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

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